Pediram-me que escrevesse sobre as recordações da escola primária, e então lembrei-me que a minha professora era tão pequenina como nós, e que tinha por hábito usar uma bata branca.

A sala de aula era grande e tinha um canteiro, onde todas as semanas havia grupos a regar as plantas.

Lembro-me de todas as vezes que dei voltas a correr pela escola toda, e senti-me uma verdadeira heroína. Em meia hora de intervalo, corria, saltava, gritava, dançava e era capaz de brincar a tudo e mais alguma coisa. No 4º ano, era completamente viciada no jogo da barra do lenço. Sempre que tocava a campainha, a turma da professora Rosália corria para arranjar o melhor espaço, e claro que o jogo era com meninas para um lado, meninos para outro.

Lembro-me de várias amigos da primária,lembro-me de todos os fatos de treino que vesti, das mochilas que tive ao longo dos 4 anos, da hora que tocava a campainha, do cheiro que a sala tinha, de fazer vários trabalhos, de cair e levantar a seguir.

Chegou a chuva, finalmente, e amanhã as botas vão passear na rua!

Não existe um dia certo para ser feliz, um minuto certo, uma única oportunidade. Vivemos a dizer " um dia vou ser feliz", e esquecemos tantas vezes que a felicidade são coisas tão simples.

E felicidade hoje foi ver o sol a nascer do lado esquerdo e as brumas do lado direito, foi beber um bom café matinal e conversar sobre tudo e sobre nada, foi dormir uma grande sesta, foi receber um telefonema de uma grande amiga cheia de boas notícias, é ter a minha borboleta a deitar a cabeça no meu ombro e puder dar-lhe um beijo na testa.

Sei que o dia ainda não acabou, e eu já me sinto tão feliz no coração.

Quando me sinto feliz, tenho a certeza que sigo o caminho certo.

Se eu aceitei um novo desafio foi por um motivo simples: testar-me a mim mesma.