Thursday, September 27, 2012

Outono e os seus sapatos

É certo e sabido que o outono já chegou. Sente-se na chuva que cai e até nas folhas que começam a aparecer no chão. Esta pode ser a época mais difícil para as raparigas, por um único motivo: Calçado. Nestes dias nunca sei o que calçar, arrumar as sandálias e sapatos de verão custa muito e começa a estar frio para andar com o chulé ao léu. Por outro lado, não me peçam para calçar meias nestes dias, porque fico com demasiado calor nos pés.
Haverá alguém desse lado que sabe o que é que se calça nesta altura do ano em que ainda não chove, mas faz frio e está sol? Agradecida.

Tuesday, September 25, 2012

Diário de uma criança à beira do nervoso miudinho

"Os pais não servem como despertador. Adormecem de manhã, como todos nós, mas, ao mesmo tempo que levantam a persiana e nos chamam «Meu querido» e coisas assim, querem que, entre a cara lavada e os cereais despachados, façamos dos 0 aos 100 em poucos... minutos.

Entretanto, como convém às pessoas ponderadas, e paramos de nos vestir pa
ra pensarmos na vida, eles sofrem de hiperatividade e, em jeito de ameaça, gritam qualquer coisa do género: «Eu juro que me vou embora, e deixo-te aqui!» (que era tudo o que eu mais queria!).

Os pais servem, também, para nos tirar a boa-disposição, antes do trabalho. Enquanto só não chamam «boas pessoas» a todos os senhores automobilistas que, segundo eles, estavam bem era dormir, ouvem (de meia em meia hora!) as mesmas notícias, atendem o telefone, olham 30 vezes para o relógio, melindram-se com a nossa cara de segunda-feira e, sempre que dizem, com voz de pateta: «Quem é o meu tesouro, quem é?», quem faz as contra-ordenações perigosas somos nós!

Os pais servem para imaginar que todas as crianças, ao chegarem à escola, são campeãs de felicidade.

E que nunca nos apetece mandar a nossa professora para a... biblioteca, de castigo, enquanto ela pensa se não será feio mentir (sempre que grita connosco, quando garante, aos nossos pais, que é só doçuras e meiguices...).

Os pais servem, também, para nos ir buscar à escola. E nisso escapam! Mas, independentemente de nos apetecer limpar o pó ao mundo, perguntam (todos os dias!): «Correu bem a escola? e O que foi o almoço?», com tantos pormenores, e no meio de tanta inquietação, que nos provocam brancas e nos levam ao stresse.

Os pais servem para nos deixar nos tempos livres. E, quando pensávamos que podíamos brincar à vontade, (ou não são os tempos... livres?) descobrimos que eles só podem ter sido levados ao engano porque, afinal, nos obrigam a estar, mais uma vez, quietos e calados. E, pior, quando estamos prontos a pedir o livro de reclamações, ora nos castigam com trabalhos de casa ora nos põem, sentadinhos, a ver os mesmos desenhos animados tantas vezes, que nós achamos que isso deve servir para aprendermos a contar até... 100.

Mas os pais servem, também, para trabalhar para a nossa formação desportiva e para o lazer. Quando chegamos à natação, gritam quando não nos queremos despir ali, à frente de toda a gente. Acham que não podemos brincar nem nos balneários nem na piscina. E gritam, outra vez, quando insistimos que os avós e os acompanhantes das outras crianças não deviam saber em que preparos viemos ao mundo.

Os pais servem, também, para zurzir no nosso lado bem-disposto, quando (de regresso ao carro) nos mandam cumprimentar a prima Maria da Glória que, em vez de nos dizer «Olá», delicadamente e com maneiras, nos esborracha contra ela e nos lambuza e, enquanto nos despenteia, duma ponta à outra, nos ofende, de cada vez que diz: «Ai, meu filho, o teu rapaz está tão crescido!....» (Meu filho?... Mas o pai bateu com a cabeça? Então, maltratam-lhe o filho, em vez de lhe darem um beijo transformam-no em algodão doce, e ele, ainda por cima, sorri e agradece?...)

Quando, finalmente, entramos em casa e estamos prontos para descansar, os pais servem para nos dizer, contra todas as nossas expectativas: «Primeiro, fazes os trabalhos de casa. Só depois brincas».

E servem para azedar a nossa boa disposição quando, logo a seguir, tratam, como se fosse contrafação, os pacotes de leite, as embalagens de bolachas e as caixinhas com os presentes da Happy Meal que, carinhosamente, tínhamos a dormir ao pé de nós.

Os pais servem para escandalizar, todos os dias, a nossa paciência, ao jantar. Começam por nunca respeitar o nosso: «Já vou!». Vendem-se à publicidade enganosa de cada vez que acham que a sopa de cenoura «faz os olhos bonitos». Servem-nos ervilhas e, carinhosamente (como quem não está muito seguro do produto que promove), chamam-lhe «bolinhas».

E nunca se cansam de nos dizer que a fruta faz bem!

E, quando o dia não pára de nos surpreender, os pais servem para dizer, todos os dias: «A partir de hoje... tu vais ver!».

E, sempre que estão chateados com o trabalho, para reclamar. Assim: «Ah queres fazer uma birra? Pois vamos ver quem faz a birra maior!...»

E, quando querem quebrar a monotonia dos nossos dias, os pais, servem para pronunciar com alma cada palavra, quando nos estragam com meiguices: «Qualquer dia... eu emigro! Para muito longe! E quero ver como é que vocês se safam!».

Com dias assim, em que o pai e a mãe fazem de Capitão Gancho, quem não se rende à canseira e adormece antes do fim de cada história? E quem é que não cede ao nervoso miudinho e não acorda, a meio da noite, com os nervos em franja? E quem é que não ficaria desolado, no meio de toda a energia renovável que eles têm, quando perguntam com quem estávamos a sonhar (e nós, não podendo dizer que era com eles), respondemos que temos medo é... do Papão!

Nós gostamos dos pais. Desconfiamos que eles imaginam que passam pouco tempo connosco mas, se for para isto, não temos coragem para os contrariar. Afinal, nós sabemos que todas as pessoas de coração grande têm a cabeça quente.

E nunca pomos em dúvida que só o amor importa. Só não entendemos porque é que os pais tenham de ser esta canseira!

E achamos que, desta maneira, eles nos fazem nervoso miudinho."

Eduardo Sá
in paisefilhos.pt

Thursday, September 20, 2012

é impressão minha ou está um calor que não se aguenta?

Sunday, September 16, 2012

Domingo

Diz que é uma espécie de preguiça aguda e acentuada, que faz os seres humanos adorarem os seus sofás e as sestas tardias.

Saturday, September 15, 2012

Esta concluída a última paragem destas férias: Nada bate o ar do campo e as estrelas do céu.

Tuesday, September 11, 2012

Atualização

No tempo que estive ausente deste blogue houve várias coisas que alteraram. Deixei de estar no sufoco de final de semestre, para ter terminado o meu curso. No final de setembro, vou agarrar o mestrado em pré-escolar e 1º ciclo. É só mais um passo para continuar.


Monday, September 10, 2012

Setembro

Em tempo de férias nunca uso relógio. Um mania, talvez, mas ficam escondidos e fechados dentro de uma caixa. Nada de horários e rotinas, só mesmo aquilo que me der na gana.
Hoje o relógio  saltou para o meu pulso.
Poderia entrar em depressão, pois este é o primeiro sinal que a boa vida esta perto de acabar.

Cheirinho a Verão 3

As malas de verão são as que mais gosto de fazer por serem as mais rápidas e simples. É só colocar uns vestidos, uns calções, t-shirts e tops. Ou então é só uma vontade gigante de sair da rotina e ir apanhar outro ar.

Thursday, September 06, 2012

Wednesday, September 05, 2012

Cheirinho a verão



Alguém é servido?
Passado mais do que um mês voltei. Perdão a quem perguntou por esta ausência.

Thursday, June 21, 2012

All You Need Is Love

Convívio espontâneo

Obrigada às 3 pessoas que ontem me proporcionaram uma boa noite de verão. Aquele que começou por ser só um café, tornou-se numa saída bastante animada. Obrigada pela companhia, pela amizade e pelas saudades que eu tinha de me divertir tanto.

Wednesday, June 20, 2012

Esperar por isto ou por aquilo, é capaz de ser das coisas que menos gosto de fazer.

Thursday, June 14, 2012

Final de semestre


Finalmente consigo ter tempo para descansar e dormir mais do que três horas por dia. 
A fase mais forte já passou, agora a dor de cabeça será certamente outra. Mas, seja o que tiver de ser! 
Estou a precisar de uns dias na casa amarela, do ar do campo e de andar de bicicleta. 

Thursday, May 31, 2012

Pensamentos momentâneos

Quando tiver os primeiros dias de férias, quero pegar numa bicicleta e pedalar até mais não.

Tuesday, May 22, 2012

Gostava de hibernar!

Friday, May 18, 2012

Para quem carinhosamente perguntou por mim, eu continuo a respirar e a alimentar-me.
Só não tenho tido tempo para todas as outras coisas, porque o trabalho é muito e as horas para parar e dormir, são cada vez menos.
No meio disto tudo, tenho uma grande vantagem: Faço o que gosto.
Entretanto, vou pensado no sol e na praia,que por agora são só uma miragem.



P.s  PE, fazes-me falta!



Saturday, May 05, 2012

Dear Jon,


Obrigada por me acompanhares nas noitadas de trabalho que tenho feito. Não querendo abusar da tua gentileza, era excelente que voltasses a Portugal. 
Eu sei, eu sei.. ainda não fez 1 anos que cá estiveste. Mas não te zangues comigo a pensar que é só um capricho de miúda, ( porque não é) é só vontade de ver-te outra vez. Não te consigo explicar, mas apetece-me muito que voltes! 
Prometes que pensas nisso? 



Um grande beijinho *



 


Thursday, May 03, 2012

Nova Zelândia

É que gostava mesmo:







Tuesday, May 01, 2012

Quando acabar o mês de Maio, acordem-me!

Thursday, April 19, 2012

Algo se passa quando já passou mais de uma semana da Páscoa e ainda tenho dois ovos de chocolate gigantes e 5 pacotes de amêndoas.

Wednesday, April 18, 2012

Há dias de cão.
Entre acordar as 06h30 da manhã e não ter aulas a manhã inteira, ficar sem bateria no carro (felizmente quem tem um pai por perto, safa-se sempre) só consegui aprender uma coisa positiva. Aprendi o género de professora que não quero ser. Não quero ter o queijo e a faca na mão,e aplicar a expressão para um lado negativo. Quero conhecer os meus alunos, e nunca prejudicá-los. Orientá-los! ( Diz que até é minha tutora). Quero estar acessível quando me chamarem e saber ouvir. Não quero chegar atrasada 35 minutos às reuniões que marcar, e ter uma atitude de quem acaba de chegar dentro da hora. Não quero dizer que uma ideia dos alunos, nunca valerá a pena.
É por isto que a Educação está como está.

Sunday, April 08, 2012

Era uma vez uma salada de frutas que estava a ser comida por uma rapariga que tinha à sua frente um computador, folhas e mais folhas, uns quantos livros e um relatório para fazer.

Tuesday, April 03, 2012

Isto pode ser a coisa mais parva do mundo mas se há coisa que eu gosto é de ver o Biggest Loser a comer. Eu sei que isto é um pensamento mesmo à pessoa gorda, mas dá-me cá um gozo do caraças! Não consigo explicar, mas podem sempre experimentar e dizer qualquer coisa.

Friday, March 30, 2012

Viver satisfeito!

Na terça feira passada uma amiga minha foi operada porque estava doente, e descobriu assim meio de repente. Durante esta semana só consigo pensar que valorizamos pouco a nossa vida e cada momento simples, e esquecemos que há pequenas coisas que de um dia para o outro podem ficar diferentes. 


Tuesday, March 13, 2012

Tenho para mim que se todas as pessoas de sexo feminino fossem mais práticas, o mundo era um lugar melhor.

Friday, March 09, 2012

Pelo sonho é que vamos,
Comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não frutos,
Pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria,
ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos.


Poema de Sebastião da Gama.


Wednesday, March 07, 2012

Em modo estagiária da sala azul.

Sunday, February 26, 2012

Não é preciso existir um único motivo para escrever, pode ser simplesmente só porque sim. Ou então, porque o cheiro do mar estava tão bom e as vezes gostava de guardar esse cheiro numa caixa.
Estava um frio que congela a cara, daquele que consegue criar gotas nos olhos, de tão gelado que está, mas nada poderia ser melhor que o cheiro a mar.
E é por isso, que eu sei que não existe um único motivo para escrever. Existem todos os motivos do mundo.

Wednesday, February 08, 2012


Eu sei que acordei tarde e já vou atrasada, mas estou viciada nesta série.

Thursday, January 26, 2012

Por incrível que pareça já passaram 3 anos desde a primeira vez que foste comigo pela A2 fora até aquele que seria o meu espaço mais presente dos tempos de hoje. Hoje íamos com o mesmo destino, e eu só me lembrava que o tempo passa rápido de mais, que certamente se há 3 anos atrás não estivesses comigo tinha voltado para trás.
É incrível pensar em tudo aquilo que senti quando pisei o terreno pela primeira vez. A forma como me sentia deslocada, a distância parecia-me para lá de 500 km, estava sem a minha borboleta, entre outras coisas.
No final do 1º semestre quando me perguntaste se queria mudar só conseguia dizer « Claro que não! ».
Não poderia sentir outra resposta. «Claro que não», porque foi ali que a expressão « primeiro estranha-se, depois entranha-se» fez todo o sentido. Se o primeiro mês foi doloroso, todos os outros foram inesquecíveis.
«Claro que não», porque foi ali que me testei, é daquele lado que tenho 7 pessoas que tornam os meus dias mais bonitos, foi ali que descobri uma nova companheira de aventuras, e é ali que me sinto bem. Acima de tudo é ali que o meu sonho ganhou cor.
E agora quando olho para trás, penso que já tenho saudades de ser caloira e se pudesse voltava a mergulhar em óleo e atirar-me para o chão.
Sim eu sou feliz e obrigada porque no primeiro dia não me deixaste desistir.

Tuesday, January 24, 2012

A expressão " Tou de saco cheio" fez-me uma enorme pressão durante o dia de ontem e é por isso que decidi agir. O maior problema de todos os tempos é as pessoas estarem incomodadas com alguma coisa e " comerem e calarem", então e onde é que está a nossa oportunidade de reclamar e expressar a nossa opinião?
Posto isso, vou definitivamente em frente e fazer uma queixa. Não será certamente por mim, porque já não me faz diferença nenhuma, é a pensar em qualquer pessoa que venha a seguir. Pode não dar em absolutamente nada, mas eu tentei.

Monday, January 23, 2012

Quero um saco de boxe para colocar as minhas luvas à prova.

Friday, January 13, 2012


Todos os dias de manhã quando vou a caminho da estação tenho a sorte de ouvir os pássaros a acordar e a desejar bom dia a todos os que passam.
Todos os dias recebo uma manifestação de amor, carinho, amizade de uma das várias pessoas que são importantes para mim.
Todos os dias consigo rir-me à gargalhada.
Todos os dias que o sol não aparece, eu tenho o meu próprio sol.
Todos os dias.
Todos os dias acredito que basta querer.

Só peço para que se repita e para que se repita sempre mais feliz.

Wednesday, January 11, 2012



Tão simples.



Friday, January 06, 2012

Quero duas coisas ao mesmo tempo e pouco possíveis. Por favor que as próximas duas semanas passem rápido e que eu arranje um poder de consiga esticar o tempo.
Parece contraditório?
Ninguém disse que a vida era fácil!

Sunday, January 01, 2012

Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.

Carlos Drummond de Andrade